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Adivinha neo-realista


Ainda fiz umas tentativas com a antena, mas o único sucesso que obtive foi umas punhadas ofendidas e anónimas na parede contigua com o quarto do lado, quando o entusiasmo produzido pela voz inocente e doce do Paulo Torres a comentar uma jogada do Helder Postiga trouxe em definitivo a televisão do cimo da cómoda para o baratoso chão de xisto, repercutindo-se, em vidros, transistores, relés e som, por todo o aposento daquele albergue literalmente espanhol. Ainda mais fantasticamente, tratava-se de uma Radiola. É provável que não saibam da marca Radiola. Para os profundamente incultos: as televisões Radiola eram iguaizinhas às Philips menos 5 contos. Suponho que naquele tempo se poderia beneficiar do mesmo volumoso desconto se estivéssemos dispostos a suportar as letras "Radiola" em vez das prestigiosíssimas "Philips" no frontespicio de quaisquer outros produtos de ligar aos 220 volts, mas não quero causar esperanças infundadas a ninguém. Pois há exactamente quase vinte um anos também fiz cair uma televisão Radiola ao chão, também do cimo de uma cómoda, também por causa de um jogo do F.C. Porto que também me produziu por toda a pele o mesmo suor suicida por não se estar a apanhar bem o cabrão do sinal e que também terminou com 2-1 a favor do Porto. Mas dessa vez a bola era cor-de-laranja e havia lá uma pessoa a correr que se chamava Madjer, sendo que este último factóide, por mais distante que seja o futuro, vai fazer um eterno bocadinho de diferença.

Posted by maradona on domingo, 5 de outubro de 2008 at 23:38

maradona,

és mesmo panaleiro, não és?

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